No lugar das bonecas e das brincadeiras de crianças, uma menina de 12 anos vai dar lugar à maternidade. Grávida de seis meses, a jovem identificada com o nome fictício de Rosa teve relações sexuais com o primo, que também tem 12 anos. "Eles foram criados juntos. Sempre brincaram e jamais imaginávamos que isso pudesse acontecer. As mães do dois são viúvas, têm outros filhos e deixavam os dois com os mais velhos para trabalhar e sustentar a família. Nem acreditamos quando a gente soube do bebê", contou a tia da criança, Luzimaria Chavier dos Santos, que está cuidando da sobrinha.
A partir daí, começa a batalha de Luzimaria para ajudar a sobrinha e que tem o apoio da patroa, uma secretária que mora em Salvador e trouxe o caso ao Bocão News. "Fiz uma denúncia no Disk 100 - Direitos Humanos, no dia 20 deste mês e dia 23 o Conselho Tutelar de Entre Rios - que atende à Porto de Sauípe, foi acionado. Fiquei impressionada com o descaso do setor público com um caso grave como este", afirmou Inês Santos Silva que, atualmente, busca resolver o problema da criança. "É um descaso total das secretarias de Saúde. Há uma semana eles [o Conselho e a secretária de Entre Rios] têm a denúncia e nada fizeram. A Promotoria e Prefeitura da cidade também já foram comunicados do caso de Rosa, que é grave. Ela e o bebê podem morrer", contou.
A gravidez na adolescência é atualmente um dos mais significantes problemas sociais em todo o mundo. No Brasil, dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) mostram que a maioria das mães solteiras é do interior do Nordeste e tem entre 10 e 14 anos. Esses mesmos dados indicam que 25% das meninas entre 15 e 17 anos que deixam a escola o fazem por causa da gravidez, que assim vem se tornando a maior causa de evasão escolar. A gravidez precoce e suas complicações são a principal causa de mortalidade entre adolescentes do sexo feminino de 15 a 19 anos.
0 comentários:
Postar um comentário